The recognitions, de William Gaddis: originalidade, autenticidade e tradução
Francine Fabiana Ozaki
Este trabalho tem por objeto central a obra The Recognitions (1955), do autor
norte-americano William Gaddis (1922-1998). Embora tenha seu lugar bem
estabelecido no cânone estadunidense, considerado como o criador de um elo entre
o modernismo e o pós-modernismo no tocante à ficção, Gaddis permanece pouco lido
e pouco estudado. No Brasil, apenas uma de suas obras foi traduzida e,
academicamente, pudemos encontrar apenas uma tese já defendida sobre o autor e
sua obra. Tratando essencialmente de falsificações e falseamentos em seus mais
diversos níveis, The Recognitions questiona o lugar do artista na era das reproduções,
desestabilizando os conceitos de autoria e originalidade. Nesse sentido, retomando
os estudos de Brisolara (2005) a esse respeito, este trabalho buscou relacionar à obra
as noções de originalidade e autenticidade, como entendidas por Trilling (1971), para
discutir o dilema pós-moderno da insuperabilidade do passado, em meio a originais e
cópias. Além disso, buscou-se refletir sobre o papel do tradutor frente a esse dilema:
qual é o lugar do tradutor de obras que são em si ecos e referências de obras de um
passado que se coloca como insuperável? A partir disso, apresentou-se também uma
reflexão sobre a prática de tradução da obra e, como fechamento deste processo, a
tradução de toda a primeira parte do imenso romance.
norte-americano William Gaddis (1922-1998). Embora tenha seu lugar bem
estabelecido no cânone estadunidense, considerado como o criador de um elo entre
o modernismo e o pós-modernismo no tocante à ficção, Gaddis permanece pouco lido
e pouco estudado. No Brasil, apenas uma de suas obras foi traduzida e,
academicamente, pudemos encontrar apenas uma tese já defendida sobre o autor e
sua obra. Tratando essencialmente de falsificações e falseamentos em seus mais
diversos níveis, The Recognitions questiona o lugar do artista na era das reproduções,
desestabilizando os conceitos de autoria e originalidade. Nesse sentido, retomando
os estudos de Brisolara (2005) a esse respeito, este trabalho buscou relacionar à obra
as noções de originalidade e autenticidade, como entendidas por Trilling (1971), para
discutir o dilema pós-moderno da insuperabilidade do passado, em meio a originais e
cópias. Além disso, buscou-se refletir sobre o papel do tradutor frente a esse dilema:
qual é o lugar do tradutor de obras que são em si ecos e referências de obras de um
passado que se coloca como insuperável? A partir disso, apresentou-se também uma
reflexão sobre a prática de tradução da obra e, como fechamento deste processo, a
tradução de toda a primeira parte do imenso romance.
Kateqoriyalar:
İl:
2020
Dil:
portuguese
Səhifələr:
381
Fayl:
PDF, 3.24 MB
IPFS:
,
portuguese, 2020